Disponível no Netflix e em outras plataformas, e em vários idiomas, o documentário “O Começo da Vida” traz de forma emocionante à vida a ciência que há por trás da importância da relação amorosa nos primeiros anos da criança. Entrevistas com especialistas são intercaladas com imagens de pais e crianças de nove países em quatro continentes.
Interação entre genes e ambiente
Estela Renner, co-fundadora da produtora Maria Farinha Filmes, descreve o processo de trabalho no filme, com co-financiamento do Instituto Alana, Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, Fundação Bernard van Leer e UNICEF:
Começamos por passar um longo tempo estudando e pesquisando, para entender qual ângulo o filme deveria ter. Ficamos intrigados ao ler como as crianças não são determinadas apenas por seus genes, mas pela interação entre a genética e o ambiente em que elas crescem. Quais são os elementos mais importantes do meio ambiente, e as interações das crianças com ele? As pessoas sabem e valorizam isso?
Começamos então a escrever e a realizar o filme com um foco na importância das relações de amor entre bebês e mães, pais, irmãos, professores, avós e cuidadores – e as relações entre crianças e natureza, crianças e brincar, crianças e as histórias que são contadas a elas.
Alcançando uma grande audiência
“O começo da vida” tornou-se o documentário brasileiro mais visto de 2016, de acordo com a agência nacional de cinema ANCINE. Nos seus primeiros três meses, mais de 178 mil pessoas o viram nos cinemas e em sessões especiais. O documentário atingiu o topo no iTunes brasileiro. Seis mil exibições em 74 países foram realizadas em 2016 através da plataforma online videocamp.com.
O filme foi divulgado pelas principais marcas de produtos para bebês, incluindo Johnson & Johnson (Johnson’s Baby), Kimberly Clark (Huggies), Hypermarcas (PomPom) e Natura. O jogador de futebol brasileiro Kaka twittou para seus 26 milhões de seguidores que o filme o havia inspirado como pai. O influente blog Mil maneiras de maternar perguntou: “Por que não passar o filme nas TVs das maternidades? Ele deveria ser prescrito pelo obstetra”.
UNICEF adotou o filme como parte de sua campanha global de desenvolvimento da primeira infância em 2017.